Em conversa tida ao jantar no dia da semana passada com uma certa pessoa amiga, chego mais uma vez á conclusão que afinal pensamos que somos muito diferentes, mas acabamos por ser iguais na essência.
Revejo-me em tanta coisa, quando tenho estas conversas.
No fundo, a verdade é que, não valorizamos tanto o que deveriamos valorizar (saúde, ter dinheiro), e o qua acabamos por valorizar é mesmo, a estabilidade emocional, o ter alguém e mais importante estar bem com esse alguém, porque há pessoas que vão "tendo", na tentativa de "taparem o sol com a peneira" (e isto não é de todo um critica, cada um faz o que entender).
Mas o que realmente nos faz feliz, é o vivermos com alguém, o ter alguém, o futuro só se torna um futuro válido, com a perpectiva de alguém pelo meio. Tudo isto é a opinião dessa pessoa e tudo isto faz também sentido para mim.
Oiço e conheço pessoas a dizerem "ah e tal, que bom estar só, levanto-me á hora que quero, como á hora que quero, vou sair com quem quero e quando quero"...
Tudo isso é verdade e o resto..?? Levanta-se á hora que se quer, mas nunca está ninguém lá ao lado, nem há ninguém para nos dar os bons dias; come-se á hora que se quer, mas ninguém está lá para comentar nada...; vou aonde quero, muitas vezes sozinha, porque não se vai por exemplo para o estrangeiro sozinha, que não dá gozo nenhum.
Ou seja, falta algo tão importante como a "PARTILHA"...
Mas pior é ver casos de pessoas que até tem alguém, mas que acabam por não ter, por N razões.
E isso, o ver que parece que actulamente ninguém está minimamente bem , aborrece-me, deprime-me, ao menos que visse, observasse, que o mundo lá fora é melhor do que o mundo cá dentro, ficava sinceramente contente se visse certas pessoas que eu conheço estarem bem, avançarem nas suas vidas, ter pelo menos algo (e algo não é dinheiro, só) do que queriam ter...
Mas enfim, as vidas são tão complicadas ás vezes, parece-me que andamos sempre a remar contra a maré, num esforço imenso para nos mantermos á tona...
E damo-nos mais conta ainda disso, quando temos estas conversas, em que nos vemos reflectidas em "espelhos"...
E pronto, foi só mais um pensamento desta cabeçita, que tb ás vezes equaciona tudo, muito mais do que o deveria fazer. Tento contrariar o meu lado racional, mas o desgraçado gosta de se sobrepôr ao emocional.
Como já viram tento estado ausente dos blogs, e do meu tb, porque nuvens cinzentas (falta de saúde de que me é mais querido, o cerco no emprego a apertar-se, e as rotinas que não se conseguem contrariar, a se imporem a tudo o resto) pairam sobre a minha cabeçita, e prevejo periodos a curto prazo menos bons.
Mas vou voltar a andar por aí e por aqui, com mais regularidade porque escrever faz-me bem e ler-vos também me alegra a alma. :-)
E esta flor é para ti, nina....:-)