Pois é já voltei há uns dias, voltei do Paraiso para o Inferno. E por Inferno falo do meu trabalho actualmente já que o Instituto Publico onde trabalho levou a maior "mexida" (com toda a certeza) do sector Público.
E por isso ainda nada tinha dito, primeiro porque ainda estou um pouco sem palavras em relação aquilo que vi e senti em férias em S. Miguel (mas disso falarei num outro post) e também porque cheguei aqui e tive que canalizar todo o meu tempo novamente para este assunto do trabalho.
Ontem foi o dia mais importante destes ultimos meses já que me informaram oficialmente onde vou ficar a trabalhar e que é num outro edificio do Campus do Lumiar, com outro chefe, com outros colegas, a dividir espaço com não sei mais quantas colegas, com um AC que só funciona de vez em quando (tinha um só para mim e a funcionar na perfeição) e com perda de não sei quantas mais regalias.
Ainda lá não estou mas a mudança está para muito breve, agora ando preocupada em marcar "território" para não acabar com o canto pior da sala.
È muito triste isto que nos aconteceu a todos aqui porque uma coisa é uma pessoa querer mudar de emprego e ir se informar e escolher o que apresenta melhores condições, outra é ter que perder gabinete, regalias, previlégios e inclusive para muitos dos meus colegas até terem que sair de Lisboa, tudo isto porque de um dia para o outro alguém que lhes que iria ser assim, tudo foi obrigado, imposto, nada foi escolhido por cada um de nós.
Para aqueles que continuam a pensar que o bom é a Função Pública , isto é a o que se passa actulmente aqui e provalvelmente em muitas outras instituições.
É certo que tivemos regalias por muitos anos, no meu caso só isso, mas ganhar bem aqui nunca se ganhou nem seuqer mais ou menos bem, nem o sectot administartivo nem o Técnico; talavez o pessoal de topo mas nós, peixe míudo, não.
E agora? Bem agora perdem-se quase todas as regalias e o salário mantém-se! Tendo em conta que o emprego e a saúde é o que de mais importante temos na vida, podem imaginar como andam cada um de nós, aqui. Muitos nem vontade de férias tem porque não sabem se quando chegarem tem a cadeira do costume á sua espera.
E ontem bem, ontem ao estar com um colega que nos veio visitar (o tal de que falei num post anteiro de que eu gostava imenso e se se "demitiu" porque não aguentava este estado de coisas) e ao conhecer os seus dois filhotes, uma miuda de 13 anos e um miudo de 10, ao vê-los , felizes a brincar integrados numa familia de pais ainda jovens e sem preocupações nenhumas, senti-os tão protegidos e a mim tão desprotegida...
Deu-me uma nostalgia imensa, uma saudade imensa de ter pai, mãe, tem menos 20 anos em cima e brincar sem pensar em nada...
Neste preciso momento é como me sinto, esxtramente desprotegida. Sei que tudo vai passar , tudo se vai encaixar mas até lá , até estar sentada no meu novo gabinete, até conhecer quam vai dividir a sala comigo (há 15 anos que estou aqui, num gabinete só para mim) até lá tudo me assusta, tudo me enerva...
Espero apenas que o efeito "férias" (que foram maravilhosas) não desapareça tão cedo para eu levar este barco a bom porto.
Vou passar andar menos por aqui até que a "mudança" se efectue, tenho começar a organizar tudo por aqui e (empacotar também) e como em casa também tudo anda de "pantanas", cada vez o tempo livre é menos.
Mas prometo que virei aqui o mais depressa que puder falar dessa marilha que é a Ilha de S. Miguel, um local que todos os que vivem no Continente deveriam visitar nem que fosse por uma só vez na vida.